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No dia 22 de julho, será celebrado o aniversário de 5 anos do reconhecimento pela Unesco do Monte Fuji como Patrimônio da Humanidade. Desde então, milhares de pessoas de todas as partes do mundo tem visitado a montanha que é o maior símbolo do Japão, e que inspirou inúmeras obras de arte desde tempos antigos.
Neste verão, que tal visitar o Monte Fuji você também?
O Departamento de Turismo de Yamanashi preparou algumas sugestões para que você e sua famíla conheça mais sobre a cultura e a história do Monte Fuji. Confira abaixo a primeira parte!
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) classifica os patrimônios da humanidade em três diferentes categorias: natural, cultural e mista. Apesar de ser uma montanha, o Monte Fuji foi listado como um Patrimônio Cultural, e não natural. A razão é a importância que a montanha mais alta do Japão possui para a religião e as artes nipônicas, motivo pelo qual lhe foi conferido o título "Fujisan, local sagrado e fonte de inspiração artística", sendo muito mais que uma atração natural.
Por se tratar de um vulcão ainda em atividade, desde a antiguidade o Monte Fuji tem sido objeto de adoração e de temor. Para evitar erupções, a população que habitava as redondezas da montanha rezava para acalmar a ira dos deuses do Monte Fuji. Acreditava-se também que diversos tipos de deuses habitavam o vulcão, o que fez com que o Monte Fuji passasse a ser o destino de peregrinações de seguidores de várias religiões.
Como objeto de inspiração artística, o Monte Fuji foi retratado em diversas obras, tanto de autores japoneses como também de outros países. A montanha é citada em obras antigas, como na coletânea de poemas Manyoshu e contos como o Taketori Monogatari e o Ise Monogatari, e também em romances modernos, como nas obras de Natsume Soseki e Dazai Osamu.
Na era Edo popularizaram-se as gravuras chamadas ukiyo-e, e artistas famosos como Hokusai e Utagawa Hiroshige também retrataram o Monte Fuji em muitas de suas obras. Centenas de gravuras foram levadas à Europa e acabaram por influenciar a arte moderna, servindo de inspiração para artistas como Van Gogh e Monet.
Mas não é apenas a montanha que serve como inspiração para arte e local de fé. O Patrimônio da Humanidade é composto por 25 localidades, incluindo atrações naturais e religiosas que se espalham aos pés do vulcão.
No Japão, as montanhas são consideradas locais sagrados, e a montanha mais alta do país não é uma exceção.
Diversos rituais religiogos dedicados à acalmar a fúria do vulcão foram criados ao longo do tempo, e com a difusão do Budismo pelo país, o Monte Fuji passou a ser local de prática do ascetismo. A partir do Período Muromachi (1336 a 1573), acreditando que ao atingir o topo da montanha receberiam a proteção dos deuses, cidadãos comuns também passaram a escalar o Monte Fuji,.
Após o período chamado Sengoku Jidai, a adoração ao monte Fuji pelo grupo religioso Fuji-ko tornou-se popular entre os cidadãos comum e muitos passaram a viajar de Edo (atual Tokyo) para Yamanashi em grandes grupos, com o objetivo de escalar o Monte Fuji. Os seguidores do Fuji-ko passaram a peregrinar também pelos lagos e locais ao redor da montanha, e percorriam também a cratera no topo do vulcão, prática denominada ohachi meguri.
Aos pés do Monte Fuji, em Kawaguchiko, localiza-se o Fujisan World Heritage Center, um espaço dedicado à introduzir o Monte Fuji, sua história e a sua cultura de uma forma divertida e descomplicada. O prédio sul abriga o Fugaku360, uma réplica do Monte Fuji em escala 1/1000 que utiliza projeções e efeitos sonoros para reproduzir as diferentes cores do Monte Fuji ao longo do ano.
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